domingo, 15 de novembro de 2009

Santa Faustina e a Divina Misericórdia



MARIA FAUSTINA KOWALSKA escrevia em 1937 no seu Diário: “A glorificação da Tua misericórdia, ó Jesus, é a missão exclusiva da minha vida”.


Nasceu em Glogowiec, na Polônia central, no dia 25 de Agosto de 1905, de uma família camponesa de sólida formação cristã. Desde a infância sentiu a aspiração à vida consagrada, mas teve de esperar diversos anos antes de poder seguir a sua vocação. Em todo o caso, desde aquela época começou a percorrer a via da santidade. Mais tarde, recordava: “Desde a minha mais tenra idade desejei tornar-me uma grande santa”.Com a idade de 16 anos deixou a casa paterna e começou a trabalhar como doméstica. Na oração tomou depois a decisão de ingressar num convento.

Assim, em 1925, entrou na Congregação das Irmãs da Bem-aventurada Virgem Maria da Misericórdia, que se dedica à educação das jovens e à assistência das mulheres necessitadas de renovação espiritual. Ao concluir o noviciado, emitiu os votos religiosos que foram observados durante toda a sua vida, com prontidão e lealdade. Em diversas casas do Instituto, desempenhou de modo exemplar as funções de cozinheira, jardineira e porteira. Teve uma vida espiritual extraordinariamente rica de generosidade, de amor e de carismas que escondeu na humildade dos empenhos quotidianos.O Senhor escolheu esta Religiosa para se tornar apóstola da Sua misericórdia, a fim de aproximar mais de Deus os homens, segundo o expresso mandato de Jesus: “Os homens têm necessidade da minha misericórdia”. Em 1934, Irmã Maria Faustina ofereceu-se a Deus pelos pecadores, sobretudo por aqueles que tinham perdido a esperança na misericórdia divina. Nutriu uma fervorosa devoção à Eucaristia e à Mãe do Redentor, e amou intensamente a Igreja participando, no escondimento, na sua missão de salvação. Enriqueceu a sua vida consagrada e o seu apostolado, com o sofrimento do espírito e do coração. Consumada pela tuberculose, morreu santamente em Cracóvia no dia 5 de Outubro de 1938, com a idade de 33 anos.João Paulo II proclamou-a Beata no dia 18 de Abril de 1993; sucessivamente, a Congregação para as Causas dos Santos examinou com êxito positivo uma cura milagrosa atribuída à intercessão da Beata Maria Faustina, e no dia 20 de Dezembro de 1999 foi promulgado o Decreto sobre esse milagre.

Foi Canonizada em 30 de abril de 2000, pelo Papa João Paulo II, sendo agora invocada como Santa Maria Faustina do Santíssimo Sacramento.

O Diário de Santa Faustina

O Diário foi redigido por ordem expressa do Senhor.

Diz o Senhor à Ir. Faustina:

“Tua tarefa é escrever tudo que te dou a conhecer sobre a minha Misericórdia para o proveito das almas, as quais lendo estes escritos, experimentarão consolo na alma e terão coragem de se aproximar de mim. E, por isso, desejo que dediques todos os momentos livres a escrever.” (Diário 1693).

Em 1930, Santa Faustina recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo a mensagem da Divina Misericórdia, a qual ela deveria divulgar para o mundo. A ela foi atribuída a tarefa de ser a apóstola e secretaria da Misericórdia de Deus, um modelo de como ser misericordioso e um instrumento para divulgar o plano de Deus de Misericórdia para o mundo.

As revelações de Nosso Senhor a Irmã Faustina falam de agora como tempo de misericórdia. Existe uma urgência especial nessa mensagem.

Repetidamente Nosso Senhor enfatizou que agora é o dia da misericórdia, antes da vinda do dia do julgamento. Agora é o tempo da preparação para a vinda do Senhor. "Escreva isto" - disse Nosso Senhor a ela:

Antes de vir como justo Juiz, venho como Rei da Misericórdia... agora prolongo-lhes o tempo da Misericórdia, mas ai deles, se não reconhecerem o tempo da Minha visita... (Diário 83, 1160).

Confiamos na promessa de Jesus:
Coloquem a esperança na Minha misericórdia os maiores pecadores. Eles têm mais direito do que outros à confiança no abismo da Minha misericórdia. (...) A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. (Diário, 1146)

Três horas da tarde tem especial significado, porque foi a hora em que Nosso Senhor morreu por nós. Enquanto refletia nesta hora, o centurião romano Logino se deu conta de quem era Jesus. Logino foi aquele que atirou a lança no lado de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Apóstolo São João escreveu em seu Evangelho : "Chegando a JESUS e vendo-O morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados transpassou-Lhe o lado com a lança e imediatamente saiu sangue e água". (Jo 19,33-34)

Conta uma lenda que ele tinha um problema na vista, e que pegou um pouco do sangue e água que saíram do lado aberto de Jesus e esfregou em seus olhos e ficou curado. Ele se converteu ao cristianismo, foi martirizado, e mais tarde foi declarado santo pela Igreja.

A Hora da Misericórdia

Sabemos que Nosso Senhor quer que nós sempre rezemos e imploremos por misericórdia para o mundo. Ele deu à Santa Faustina uma ordem especial sobre as Três Horas da Tarde: "Às três horas da tarde, implora à Minha misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a Hora de grande misericórdia para o Mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir pela Minha Paixão" (Diário da Santa Faustina, n. 1320).

Em outra ocasião, Jesus Misericordioso disse a ela: "Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-A e glorificando-A. Implora a onipotência dela em favor do Mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento foi largamente aberta para toda a alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo o Mundo: a misericórdia venceu a justiça. Minha filha, procura rezar, nessa hora, a Via-sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes fazer a Via-sacra, entra, ao menos por um momento na capela e adora o Meu Coração, que está cheio de misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes sequer ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento. Exijo honra à Minha misericórdia de toda criatura, mas de ti em primeiro lugar, porque te dei a conhecer mais profundamente esse mistério" (Diário, 1572).

Na Sexta-feira Santa, dia 10 de Abril de 1936, Santa Faustina teve uma visão e escreveu: "Às três horas vi Jesus crucificado, que olhou para mim e disse: Tenho sede. - Então, vi que do Seu lado saíam os mesmos dois raios que estão na Imagem. Então, senti na alma um desejo de salvar almas e de aniquilar-me pelos pobres pecadores. Ofereci-me em sacrifício ao Pai Eterno pelo mundo inteiro, com Jesus agonizante. Com Jesus, por Jesus e em Jesus está a minha união Convosco, Pai Eterno..." (Diário, 648).

Ao mesmo tempo que o Senhor nós pediu para parar às 3 horas da tarde e meditar, mesmo que por alguns instantes, Ele também pediu que nós rezássemos o Terço da Divina Misericórdia freqüentemente. Na verdade, Jesus Misericordioso disse à Santa Faustina: "Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei" (Diário, 687). Logo, é apropriado que paremos alguns instantes e reflitamos sobre a Grande Paixão de Jesus Cristo por nós ao longo do dia e, especialmente, às três horas da tarde.

Nas Filipinas acontece um fenômeno chamado "O hábito das Três Horas da Tarde". Neste horário todos no país, a até mesmo na televisão, param e rezam a seguinte oração: "Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós!" (Diário, 84).

Como pecadores que precisam voltar para o amor e misericórdia de Deus, vamos sempre ter nos lembrar da Hora da Misericórdia, refletindo sobre sua Paixão e amor por nós, mesmo que apenas por um instante.

FONTES:

ELIANA SÁ: http://blog.cancaonova.com/misericordia/category/a-divina-misericordia/

SINAIS DOS TEMPOS: http://www.sinaisdostempos.org/sinais/santafaustina.htm

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